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O homem que ensina a escrever. E a fazer poesia.
- 26/08/2015
- Category: Notícias
Difícil fazer uma entrevista convencional com o professor Gilzon Rampazzo. Nem bem consigo pegar uma caneta e a caderneta para anotar e preparar o celular para gravar e ele já está em direção à rua para fumar. E a conversa começa ali, na frente do Colégio Equipe, em São Paulo, onde dá aulas de Redação e Poesia e é um dos fundadores. Apaga o cigarro e eu acho que agora vai ser mais fácil. Que nada, agora é hora de ir caminhando até o café no Shopping Higienópolis, ali perto. E ele vai andando e falando. Café rápido e já está na hora de voltar. Eu até que tento anotar alguma coisa, mas as calçadas de São Paulo definitivamente não ajudam o bom repórter. Última parada do meu tempo para ele fumar mais um cigarro e eu ainda tentando anotar com medo de esquecer. Atravessa do outro lado da rua uma jovem sorridente e diz: “Professor, só vim dar um beijo”. Ela me olha e completa: “Aprendi muito com ele”. Alunos e ex-alunos estão por todos os cantos. Gilson Rampazzo foi professor de Redação no Cursinho e no Colégio Equipe por mais de trinta anos, e o responsável pela criação de Redação como matéria curricular. Foi também por mais de vinte anos coordenador do Setor de Criação Literária do Museu Lasar Segall. Autor de Os Deuses Chutam Lata na Consolação, pela Atelier Editorial, e do blog “Gílson Rampazzo: crônicas e outros textos”. Gilson nasceu em Limeira, em uma época em que não existiam bibliotecas na cidade. Aliás, a primeira foi inaugurada quando ele já estava no ginásio. A sorte é que o pai gostava muito de ler e foi o seu primeiro exemplo. O pai e Monteiro Lobato estavam ao seu lado. Começou bem. Virou professor de Redação meio por acaso, mas acabou criando um método e ajudou na formação de muita gente boa e famosa por aí. A poesia foi chegando na sua vida no momento certo e até hoje só consegue escrever à mão. E continua ajudando muitos a verterem seus sentimentos através dela, como um afinador de palavras, sons e emoções.
Para acompanhar seus textos, entre no site:
www.gilsonrampazzo.com.br
Confira a íntegra da entrevista:
Por que resolveu começar um blog?
Acho que resolveram por mim, uma amiga achou que era importante reunir meus textos. Quando você escreve, quer que alguém leia, acho que por isso resolvi colocar tudo no blog e hoje já estou começando a mexer no computador. No blog tem poemas, crônicas, novelas, contos e diálogos informais. Minha mulher Luciana ajuda muito, ela está tentando organizar e editar meus livros. Tenho a continuação de um romance policial, um livro teórico sobre redação e outros.
Qual o segredo de tanto sucesso como professor?
Eu devo aos maus alunos e não aos bons. Se alguma qualidade que eu tive como professor foi sempre prestar atenção naquele que não sabia escrever.
Quando começou a se interessar por poesia?
Foi no ginásio, pedi para a professora Zenaide uma indicação e ela indicou Olavo Bilac. Li, mas não gostei muito, achei muito empolado. Pedi outra indicação e ela novamente disse: “Leia Bilac”. Então encontrei J. G. de Araújo Jorge e seu romantismo desvairado e até gostei. Então apareceu Carlos Drummond de Andrade e a pedra no caminho. Não entendi nada e fui novamente falar com a professora. E ela disse que eu não me preocupasse com os modernistas, que eu deveria ler Bilac. Mas eu sabia que Drummond havia sido indicado ao Nobel e pensei que deveria continuar lendo e tentar entendê-lo. Li “E agora José?” e voltei para a pedra e, de repente, compreendi a metáfora e toda beleza da poesia. Foi o click que faltava.
É difícil escrever poesia?
Não é fácil fazer poesia, não é fácil escrever. Mas a dificuldade está em tudo na vida.Cem anos de solidão você lê num fluxo, mas Gabriel García Márquez levou dez anos para escrevê-lo. O João Cabral de Melo Neto levou sete anos para concluir o poema “Tecendo a manhã”.
Como você começou a dar aulas?
Primeiro eu tinha resolvido fazer o curso de Direito, mas quando me imaginei de terno e gravata defendendo marginal resolvi que não era esse o seu caminho. Um amigo falou sobre a Faculdade de Letras e fui dar uma olhada no programa por curiosidade. Quando eu li, pensei: nossa, nessa faculdade tem aula de lazer. E me encontrei. Mas comecei como professor por acaso. Estava precisando de trabalho e um amigo contou que havia uma vaga para professor de cursinho na FAU. Achei que daria um mês de aula apenas, mas já no primeiro dia percebi que deveria levar muito a sério. Em uma pesquisa realizada na PUC eles classificaram alunos que escreviam bem e foram verificar as variáveis, e uma delas foi a origem dos alunos. Todos os que vieram do Equipe escreviam bem. É um retorno legal .
E a metodologia?
Comecei a dar aulas e senti falta de uma metodologia. Aos poucos fui criando a minha e até hoje ela é atual. Foi dando aulas em um curso de Madureza que vieram as inspirações. alunos escreviam muito mal e eu precisava fazer coisas, até muito loucas, para que prestassem atenção e gostassem de escrever. Um dia, peguei um jornal, piquei em pedacinhos, joguei tudo para o alto e disse para a classe: “Cada um pega um pedaço e o que estiver escrito será o tema da redação”. Eles adoraram. Em outra oportunidade pedi que os alunos ficassem quietos na cadeira, pensando, durante dez minutos. Depois pedi que eles se levantassem e falassem em voz alta e, por fim, que escrevessem. Conclusão para a classe: “Vocês tiveram contato e perceberam a diferença da palavra pensada, falada e escrita”.
Por que eu fazia isso? Não sei, mas eles se divertiam com todas essas novidades e, o que era melhor, aprendiam a escrever.
Os alunos ajudavam o professor também?
Claro, a minha metodologia para as aulas de Redação eu devo a essa classe de Madureza e a um aluno completamente alterado, que foi até encaminhado para tratamento psiquiátrico. Os textos dele eram confusos. Ele veio conversar durante um plantão de redação e eu percebi que ele não estava bem, encaminhei-o para o setor de psicologia que fazia orientação vocacional. De lá foi para o psiquiatra e para internação. Isso aconteceu em maio e em agosto ele voltou e mandou um recado me agradecendo. Tinha saído de casa, era um ambiente familiar muito conturbado e estava morando com uns tios.
E como você conseguiu lidar com ele?
Ele voltou para a classe depois da alta e os textos continuavam muito ruins. Fui separando tudo o que estava errado e fui classificando os erros, dos mais fáceis aos mais difíceis. Ele errava palavras, concordância, estrutura, tudo. Bolei exercícios específicos para cada um dos níveis desses erros. Em uma folha de papel sulfite fui colocando todos os erros e ao lado já propunha os exercícios para levá-lo a uma conscientização maior da palavra, ortografia, emprego de vocábulos, pontuação, colocação do sujeito e outros. Depois de dois meses de trabalho esse aluno voltou para a turma e estava melhor que os outros. Então pensei: se eu consegui com ele, posso ensinar qualquer um, vou conseguir melhores resultados com outros alunos. Foi a segurança que eu precisava e meu método nasceu assim.
Há muitos poetas surgindo no seu curso?
No curso de poema não estou preocupado em transformar o aluno em um poeta. Poesia é um instrumento exploratório da palavra, das possibilidades expressivas da palavra. O que me fez perceber que o poema tem a ver com o primeiro nível da palavra foi também essa turma de Madureza.
O que mudou com a internet? Os alunos estão escrevendo pior do que antes?
É mentira. Eu me lembro quando diziam que o cinema ia acabar com o livro. Depois era a televisão. Acaba nada, o setor livreiro é um setor sem crise. Na verdade, nunca se leu tanto quanto se lê hoje. A internet facilitou a leitura do que a gente lê.
Escrever mal é um mal nacional, sempre foi assim, no meu tempo era pior, não tinha tanta disponibilidade de livro.
Ler é essencial para escrever bem?
Fui conhecer uma biblioteca quando entrei no ginásio, e na minha cidade não existia livrarias. Quando eu comecei a me interessar em comprar livros não tinha onde comprar, a opção era viajar até Campinas ou São Paulo. Acredito que em muitas cidades do interior ainda seja assim. Sempre gostei de ler, mas não acho que para escrever bem é preciso ler. Se fosse verdade, professores de literatura e os críticos literários seriam grandes escritores. Muitos alunos escrevem crônicas sem ter lido uma. Ler é importante porque ler é importante, não para escrever. Costumo falar para os meus alunos que ler não é mais importante do que olhar formiga. Você pode ter uma grande ideia observando uma formiga e que certamente será melhor do que se apropriar de uma ideia alheia.
Como fazer com que os alunos gostem de poesia?
De um modo geral ninguém gosta de poesia, mas a verdade é que a maior parte de quem diz que não gosta nunca leu poesia. Aí entra no curso, começa a fazer e curte, se descobre poeta, se interessa em ler poesia e conhecer poetas. Aos poucos, conforme vai aprendendo a fazer, vai descobrindo a beleza dos poetas consagrados e vai se interessando. É o mesmo processo da comida, quando dizem que não gosta mas nunca experimentou.
Quem é o seu poeta preferido?
Gosto muito de Drummond e João Cabral de Melo Neto. Esse último pela sensibilidade poética, pela qualidade do texto, concisão, qualidade que eu não tenho, sou muito prolixo.
Há lugar para poesia nesse nosso mundo?
A poesia está no lugar onde sempre esteve. Recentemente ocorreu um fenômeno com a poesia que virou assunto de jornais, revistas, tevês e o livro mais vendido foi a obra do Paulo Leminski. Isso contraria tudo o que se fala sobre as pessoas não gostarem de poesia. Poesia nunca foi muito lida mesmo.
Onde está a poesia?
Comprei livros de Drummond em uma banca de saldo. As pessoas dizem que não gostam de poesia mas curtem música popular. Perdemos Fernando Brant, um grande poeta, e há muitos outros na música, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Arnaldo Antunes.
Seria um caminho para os professores incentivar a poesia através da música?
Música é importante, poesia é importante. Se a poesia faz parte da música então mais ainda. A poesia está no cotidiano das coisas, ela está muito mais perto do que a gente pensa. Pela periferia acontecem centenas de saraus poéticos, há muitos jovens fazendo poesia, pode ser de má qualidade mas é poesia e de vez em quando aparecem coisas boas. Atualmente há mais grupos poéticos e jograis do que antigamente. Vira e mexe desponta alguém nesses grupos.
Os professores deveriam incentivar mais a poesia?
Em minhas aulas de Redação, quando vem o tema poesia o comentário inicial é sempre não gosto. As escolas poderiam incentivar mais. O problema é que as faculdades de Letras são muito ruins, não formam professores com uma boa visão da própria literatura, não só poesia. O ensino, o uso do texto, é malfeito. Certa vez fui dar uma palestra sobre redação para professores de primeiro grau em Rio Claro. Fiz a palestra, falei da metodologia e abri para perguntas. Eram umas 150 pessoas no auditório e uma professora perguntou como deveria fazer para que os alunos se interessassem pela leitura. Disse que dava livros e questionários, mas que eles se interessavam mais pelos desenhos da TV. Eu falei que ela pedisse que os alunos respondessem um questionário sobre os desenhos, garantindo que em uma semana eles não iam mais querer saber dos desenhos da TV.
E como despertar o interesse em sua opinião?
Deixa o aluno livre, não tira o prazer da leitura com questionários, com perguntas. Deixa a criança fluir, pega o livro e lê para ela, vai contando, você vai ver todo mundo com a carinha atenta. Livros não faltam, há livros até para bebês. Pena que os professores sejam muito mal preparados e não consigam despertar o interesse. E os pais também não ajudam. O meu interesse pelo livro não veio do professor, veio do meu pai. Eu tinha muitos livros em casa, eu tinha o exemplo, é preciso despertar a curiosidade. Os pais não leem mas querem que os filhos façam o que eles não fazem. O pai pode ler, comentar, basta isso para despertar o interesse. Nós precisamos ter essa cultura de leitura.
IV Fórum de Bibliotecas Públicas
Da Redação
Começa nesta quarta (22) e vai até dia 24 no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o IV Fórum de Bibliotecas Públicas, realização do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), que integra a Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura (DLLLB/MinC. A programação inclui debates, casos de sucesso e reflexões sobre os desafios das bibliotecas públicas em assuntos como acessibilidade e inovação. O fórum ocorre em paralelo ao Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CBBD) e tem apoio do grupo de pesquisa Biblioteca Pública no Brasil: reflexão e prática, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientista da Informação e Instituições (Febab). O objetivo do fórum é fomentar a pesquisa na área de biblioteconomia e ciência da informação e divulgar práticas em bibliotecas públicas, por meio de mesas de debate e seminários. O MinC será representado pela coordenadora de Relacionamento e Formação do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, Veridiana Negrini, e pelo secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), José Castilho Marques Neto.
Serviço:
IV Fórum de Bibliotecas Públicas
De 22 a 24 de Julho
Centro de Convenções Rebouças (São Paulo)
Entrada estacionamento – Av. Rebouças, 600
Entrada pedestres – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 23
#EnemNoFutura
Da Redação
Começou a segunda temporada da websérie #EnemNoFutura que pode ser assistida todas as terças-feiras nowww.futura.org.br. Essa edição terá 20 episódios semanais, com cerca de três minutos cada, produzidos por estudantes da rede pública de ensino em quatro estados. Com câmeras em punho, Arthur, Giovanna, Filipi e Sara, jovens do Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e Ceará, respectivamente, registrarão o cotidiano na sala de aula, no trabalho e em casa. O objetivo da iniciativa, fruto da parceria entre o Futura e o Instituto Unibanco, é promover a discussão sobre a juventude e a educação brasileiras ao apresentar os principais obstáculos enfrentados pelos alunos, como é a preparação para o exame nacional e a rotina de estudo, além da relação com a família, os amigos, os professores. Para tanto, a websérie vai mostrar realidades distintas levando ao público um olhar mais plural e representativo dos variados sotaques e costumes do país. Para ampliar o acesso ao programa, chegando às casas onde a internet ainda não está disponível, este ano, o programa também será exibido na tela do Futura, sempre às terças-feiras, às 17h30, com episódios de cinco minutos. Em 2015, aproximadamente 8,4 milhões de pessoas devem fazer o Enem em busca de uma vaga no ensino superior. As provas acontecerão nos dias 24 e 25 de outubro.
Stan Lee e Michelle Phan apoiam o Line Webtoon
New York Times
By George Gene Gustines
05/07/2015
As HQs são conhecidas por suas dublas improváveis, como os clássicos Super-Homem e Homem-Aranha e, mais recentemente, Archie Andrews e o alienígena Predator, das telas de cinema. Mas o que poderia unir a lenda dos HQs, Stan Lee, e a personalidade do YouTube e expert em maquiagem, Michelle Phan? A resposta é o Line Webtoon, um portal para HQs digitais gratuitas que foi fundado na Coreia do Sul e está chegando agora aos EUA. O site anuncia esta semana na Comic-Con International, em San Diego, a parceria com Lee e Phan. “HQs, Mangás e Anime estão entranhados na cultura pop de maneira ampla”, diz Tom Akel, chefe the conteúdoo da Line Webtoon. “É quase impossível colocar em palavras o sucesso e a escala do Webtoon naquela região.”
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Secretário de Educação recebe a CBL
CBL
16/07/2015
Luís Antonio Torelli, presidente da CBL, participou de audiência com Herman Voorwald, Secretário de Educação de São Paulo, para questionar a decisão do Governo do Estado de cancelar as compras de livros para escolas estaduais. O secretário de educação foi o único representante do setor público que recebeu a CBL. A entidade solicitou reuniões com representantes de outros entes federativos, que também cancelaram aquisições de livros, inclusive o Ministro da Educação que ainda não deu retorno ao pedido. Herman garantiu que a Secretaria de Educação de São Paulo está com severas restrições orçamentárias e que a verba só é suficiente para merendas e transporte dos alunos. Além de afirmar que a secretaria não irá adquirir livros em 2015 e 2016, o secretário disse que neste período não acontecerá reposição de exemplares antigos.
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Educação mantém site com brincadeiras para crianças da região
TV Globo
19/07/2015
Durante o recesso deste mês de julho, estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental da região de Presidente Prudente podem utilizar o computador para aprender e brincar. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, com ajuda da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, mantém no ar o site “Hora do Recreio”. A página reúne opções de jogos online direcionados a crianças entre 6 e 10 anos e foi criada com auxílio de educadores da rede. A lista inclui sugestões com atividades de matemática, língua portuguesa, ciência e geografia. Por agrupar um conteúdo diversificado e de fácil acesso, a ferramenta é aberta a alunos das escolas estaduais e de outras redes de ensino. Um levantamento feito pela equipe mostra que a página é utilizada também em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Cuiabá. Os games são gratuitos.
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Uma nova carcaça transforma smartphones em eBook
El País
Zigor Aldama
19/07/2015
Até agora, as estruturas para os telefones celulares tinham somente dois objetivos: estético e protetor. No entanto, a empresaSingapur Oaxis, especializada em acessórios sem fio, descobriu um terceiro ao converter seu InkCase em uma tela de e-ink que serve como um livro eletrônico. Ela conseguiu que doze modelos de smartphones para quem projetou seu produto (e que logo serão adicionados ao iPhone 6) se transformem em um Yotaphone o telefone russo que chamou a atenção por ser o primeiro que inclui esse tipo de tela na parte posterior do dispositivo. “O conceito é similar”, reconhece ao El País o diretor de vendas de Oaxis, Hill Xian, em sua fala no Congreso Mundial del Móvil (MWC) em Xangai, que na última edição reuniu oito mil empresas de 95 países. “A diferença é que nossas estruturas contam com um processador próprio a pilha, de forma que aumentam consideravelmente a duração da bateria do celular”, disse Xian.
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Governo aumenta carga horária de cursos de formação de professores
Folha de S.Paulo
Natália Cancian e Flávia Foreque
19/07/2015
Os futuros professores vão passar mais tempo em sala de aula, como alunos, antes de começarem a atuar em definitivo na própria sala de aula. Na tentativa de melhorar a formação desses profissionais, o Ministério da Educação ampliou de três para quatro anos o tempo mínimo de formação exigido em todos os cursos de licenciatura do país. Ou seja: das atuais 2.800 horas, os cursos passam a ter, obrigatoriamente, no mínimo 3.200 horas, com mais atividades práticas. As medidas fazem parte das novas diretrizes para a formação de professores, elaboradas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) e aprovadas pelo governo neste mês. As instituições terão dois anos para se adequar. Segundo o conselheiro José Fernandes de Lima, a ideia é reforçar a didática, além do conteúdo, e aproximar os futuros professores da realidade da sala de aula. “Antes, os cursos ficavam mais preocupados em ensinar a matemática, por exemplo. Agora, queremos que tenha matemática, mas que possam ensinar também o que é escola”, afirma. “Corríamos o risco de formar um professor que praticamente não tinha experiência.
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Na CMC, uma indústria de livro infantil “mais legal” e criativa
The Bookseller
By Chris McCrudden
13/07/2015
O tema deste ano da Children’s Media Conference (CMC), que aconteceu de 1 a 3 de julho en Sheffield, foi “All Change” [Tudo muda, em tradução livre]. O que faz sentido porque a indústria da TV para crianças – que foi de onde surgiu o evento – está experimentando uma ruptura tão profunda e talvez mais imediata e urgente do que a indústria editorial. A diferença principal entre essas duas indústrias é que enquanto os editores acusam a Amazon de roubar o seu ganho dos lançamentos, os produtores de TV invejam e temem a maior criança brincando no seu playground, o YouTube. Foi difícil encontrar uma única sessão nos 3 dias de evento em que um produtor senior ou um criador não tenha expressado preocupação ou perturbação sobre as crianças estarem desligando a TV para assistir ao YouTube num aparelho móvel. Em contraponto, editores infantis que têm participado do CMC em grupo cada vez maior, pareciam muito mais confidentes. A delegação deste ano, que incluía representantes da Penguin Randon House, Hachette, Macmillan e Walker Books, deu sinais de que o mercado editorial estava lá para liderar as compras, vendas e cocriação de novos conteúdos para crianças entre diferentes mídias.
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Plataforma usa impressora para personalizar o ensino
Porvir
Fernanda Nogueira
17/07/2015
Uma plataforma lançada pela Xerox em janeiro deste ano nos Estados Unidos se propõe a ajudar professores e escolas a personalizar o ensino. O software Xerox Ignite Educator Support System pode ser usado desde o ensino fundamental até a universidade para elaborar provas e digitalizar correções com o uso de uma impressora multifuncional. A tecnologia passa respostas dos estudantes escritas à mão para o formato digital, informando o resultado em bem menos tempo que o professor levaria para corrigir provas e trabalhos. Durante a correção, o software acumula dados, como marcas feitas pelo aluno junto às questões. Com isso, o educador consegue descobrir o processo de pensamento do estudante por trás de uma resposta incorreta. A ferramenta também permite gerar relatórios de nível de ensino, que ajudam o professor a compartilhar dados e a organizar os alunos por grupos de aprendizagem. Gera ainda relatórios individuais de feedback, que apontam em quais temas o aluno precisa trabalhar mais.
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Escolas da Finlândia trocam letra cursiva por tablets
Folha de S.Paulo
Patrícia Pereira
19/07/2015
As crianças que ingressarem no ensino fundamental da Finlândia em setembro, quando começa o ano letivo no país, serão as últimas a terem aulas de caligrafia. Para os educadores, a medida valoriza a criatividade e habilidades mais úteis para o futuro, como a digitação. As lições de caligrafia no país nórdico, que tem 484 mil alunos, atualmente são introduzidas no primeiro ano e reforçadas nos anos seguintes.
Hanna Sarakorpi, diretora da Escola Saunalahti, na região da capital Helsinque, diz que o ensino da letra de mão demanda muito tempo e causa frustração nos alunos. “Queremos incentivar a escrita criativa, e que a criança não se preocupe tanto com a técnica, mas com o conteúdo”, afirma. A educadora brasileira Evelyse Eerola, que vive na Finlândia há nove anos e trabalha com educação infantil, vê a mudança como um reflexo cultural. “É um povo muito prático. Se você não usa, por que ensinar?”. E completa: “É diferente do Brasil, onde tudo se avalia pela aparência. Aqui o professor nunca vai se preocupar com letras bonitinhas”.
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Estante
Inês
Editora: Companhia das Letrinhas
Autor: Roger Mello
Ilustração: Mariana Massarani
Páginas: 56
Preço: R$ 37,0
ISBN: 9788574066622
Roger Mello e Mariana Massarani reúnem-se aqui para mostrar aos leitores que talvez Inês não esteja tão morta assim, já que vive em cada um de nós e em cada detalhe desse poema em forma de livro, narrado através do olhar de uma criança. Neste livro narrado sob a perspectiva de uma das filhas pequenas de Inês de Castro, os leitores vão conhecer a famosa história de Inês e seu amor proibido por Pedro, príncipe de Portugal. Cruelmente assassinada por ordens do rei (que não aprovava nem um pouco essa paixão às escondidas), ela foi coroada depois de morrer. Para honrar sua amada, Pedro fez com que seus súditos beijassem a mão da rainha morta, especialmente aqueles que eram contra seu amor.
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