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É preciso ativar a capacidade de fantasiar dos alunos
- 12/04/2016
- Category: Notícias
Há um dado preocupante no ar: cerca de 60% das crianças se alfabetizam mal. Esse número preocupa ainda mais nesta semana em que o Governo do Estado de São Paulo começou a esvaziar o programa de alfabetização Ler e Escrever, criado em 2007. A entrada da criança no universo da leitura e da escrita é um dos passos mais importantes para sua formação educacional. Na pesquisa “O desafio de ensinar a leitura e a escrita”, financiada pela FAPESP, o professor Claudemir Belintane, da Faculdade de Educação (FE) da USP, e sua equipe perceberam que os alunos que mais se destacavam em leitura e escrita eram também os que melhor dominavam de memória textos da cultura oral. O contrário também foi constatado: crianças que não conseguem narrar, recortar um texto, retextualizar oralmente uma narrativa, em geral, são as mesmas que não se alfabetizam ou o fazem precariamente. A pesquisa foi motivada por outra pesquisa financiada pela CAPES (2011-2013). Citando a taxa de analfabetismo no País que ainda é elevada (segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 13 milhões de brasileiros ainda não sabem ler e escrever), o professor diz que despertar o interesse dos alunos na sala de aula é um dos maiores desafios enfrentados pelos professores da rede de ensino. Ele diz que é preciso trabalhar a alfabetização a partir de uma visão interdisciplinar, utilizando diversas linguagens e suportes no processo de aprendizado. “Educar é ativar o entusiasmo do aluno levando a ele a magia da literatura, das artes e das ciências”, afirma. Nessa linha, ele defende a contação de histórias, que traz para a criança a possibilidade de ativar a memória, enriquecer o vocabulário e produzir outras histórias. Autor do livro Oralidade e Alfabetização: uma nova abordagem da alfabetização e do letramento, o professor alerta para o fato de que as provas da escola não exigem um nível de leitura relacionado com a interpretação integral do texto. E vai além: “Boa parte dos professores que alfabetizam não se dispõe a lidar de forma performática com textos orais. Isso implica em contar uma historia de memória, declamar um poema, lançar uma adivinha, animar uma brincadeira – tudo isso sem usar a escrita, a leitura em voz alta”.
Confira a íntegra da entrevista
Por que a oralidade ajuda a trabalhar melhor a alfabetização?
A oralidade que ajuda a melhorar a alfabetização, a leitura e a escrita precisa ser bem conceituada. Quando falamos em oralidade, estamos nos referindo ao domínio dos gêneros formulares da tradição oral. Textos que a tradição preparou ao longo dos séculos, dando a eles um bom tratamento estético (ritmo, rima e outros recursos poéticos e narrativos). Quando consultamos a história da escrita, notamos que esses textos (as epopeias do passado, as parábolas, as alegorias, os provérbios, a poesia e a narrativa em geral) é que gestaram a escrita de grande volume. O primeiro texto escrito encontrado na antiga Suméria, a Epopeia de Gilgamesh, era de origem oral, como as grandes epopeias gregas também o são. Do mesmo modo que isso aconteceu na história da relação oralidade-escrita, ou seja, oralidade virar escrita, pode também acontecer na infância. A criança gosta e tem facilidade para dominar textos de origem oral (histórias, ludismos orais, quadrilhas, adivinhas, fórmulas de escolha etc.). A aproximação cuidadosa desses textos, que estão na memória com a escrita, permite à criança uma entrada mais entusiasmada no mundo dos livros e das escritas contemporâneas. As alfabetizações com a moralidade constituem um universo de letramento diferente do texto útil do cotidiano (publicidades, cartazes, carta, bilhete, receitas etc.), pois incitam à criança a enfrentar o texto longo, de maior volume, que em geral são os da literatura, os textos polêmicos das mídias, das ciências e das artes.
Múltiplas linguagens fazem a diferença no ensino?
Sim! Nossa oralidade-escrita prevê sempre o encontro, por exemplo, das mesmas narrativas vistas em sala de aula com suas versões feitas para o cinema e para o suporte eletrônico em geral. Boa parte dos heróis das grandes narrativas estão ainda vivos nos games e filmes contemporâneos. Para nós, o sujeito contemporâneo se define no espaço de entremeios, de entretextos, de entrelinguagem. Qualquer aluno de hoje está sujeito a esse movimento no espaço “entre”. Podemos dizer que é um sujeito cindido pelas diversas possibilidades das mídias. Não raro a criança, o aluno, formula a si mesmo (ou escuta alguém formulando) questões nesse espaço “entre”: “pego o livro para estudar ou vou jogar videogame?”
Como lidar com essa realidade?
Se é isso que constatamos, assimilar no ensino esse posicionamento subjetivo desse nosso tempo é uma obrigação. Isso não significa assumir o ufanismo tecnológico de hoje, que quer impor à escola toda uma parafernália de máquinas (computadores, tabletes, celulares) como se à escola coubesse a obrigação de acompanhar o ritmo das tecnologias. Ao ensino cabe entender os movimentos das subjetividades contemporâneas e planejar o melhor possível, mas sempre tendo em conta que a escola lida com o passado, com tradição – por exemplo, com a escrita alfabética e suas milenares produções ou ainda a oportunidade de participar de um evento performático da oralidade juntamente com seus colegas de turma (isso nem uma máquina pode substituir).
A formação do professor prejudica a alfabetização?
Sim, no nosso caso, é a própria formação. Boa parte das professoras que alfabetizam não se dispõe a lidar de forma performática com textos orais (contar uma historia de memória, declamar um poema, lançar uma adivinha, animar uma brincadeira – tudo isso sem usar a escrita, a leitura em voz alta). Tanto professores como os próprios manuais didáticos possuem uma concepção empobrecedora de oralidade. Para eles, em geral, oralidade é conversa, roda de conversa, debate etc. O oral performático – tão fundamental para nutrir a memória da criança para receber a escrita -‘ é quase sempre entendido como leitura em voz alta, ou seja, uma oralidade que não mexe com o corpo, que quer entrar no ensino apenas pela escrita. Esse mal entendimento, esse desprezo pela tradição oral e pelos seus potenciais de enriquecimento da memória apenas favorece a exclusão, sobretudo da criança pobre.
Como o sr. vê o uso da tecnologia na sala de aula?
Se for encarada de forma ufanista, só atrapalha. Ajuda se o ensino assume a tecnologia com cuidado, avaliando o potencial da nova ferramenta e, ao mesmo tempo, cuidando para que o deslocamento promovido por ela não afete a função precípua da escola: ensinar por meio da relação humana, de forma presencial, em ambientes em que a criança se vê desafiada a compreender o outro, a aprender com o outro, a constituir grupos etc.
Como estão os números da alfabetização no Brasil?
Temos um numero assustador: 60% das crianças brasileiras se alfabetizam mal. Esse número está na avaliação dos governos, compreende os alunos brasileiros classificados até o nível 4 da Prova Brasil (isso foi definido pelo próprio MEC, juntamente com a ONG: Compromisso de Todos Pela Educação.). Para melhorar, a primeira coisa é acabar com essa ideia absurda de que o universo de letramento da criança coincide com os gêneros discursivos de seu cotidiano. Alfabetizar usando rótulos, logomarca, propaganda, cartazes, receitas culinárias, textos instrucionais etc.) é um grande equívoco.
Qual é o universo infantil?
O universo de letramento da criança, o verdadeiramente potente, não está nesses gêneros prosaicos do cotidiano por mais que os especialistas da moda entendam que estudar tais gêneros signifique contribuir para a cidadania. O universo de letramento da criança depende de sua capacidade de fantasiar. Quando a criança se depara com uma boa história oral, anima-se também para conhecer sua versão escrita e/ou cinematográfica. Por outro lado, preencher o cotidiano das crianças com textos prosaicos, bobos, anódinos, gera, no máximo, o alfabetizado funcional. É preciso também organizar mais detalhadamente o cotidiano escolar em função das demandas concretas do Brasil. Nesse sentido, tanto o pesquisador universitário como os educadores brasileiros precisam se desprender um pouco mais das influências externas e definir estratégias em função de pesquisas mais enraizadas no chão da escola. “O que fazer?” e “O como fazer?” que os professores tanto pedem, precisam ser contemplado. Os professores trazem demandas concretas, os pesquisadores e formadores respondem com teorias prontas, gestadas em outras realidades?! Como o Brasil vai encarar seus próprios problemas com esses desacertos?
Como construir uma metodologia eficiente para alunos diferentes?
Essa pergunta, em parte está respondida nas duas anteriores. Vou apenas completá-la. Em nosso projeto, procuramos organizar as turmas dos anos iniciais e constituir grupos de professores e formá-los em função das demandas concretas. Achamos interessante dividir as turmas por níveis, alunos que não dominam, por exemplo, as sílabas complexas, vão constituir um grupo que terá um tempo e um professor que vai propor a eles o desafio de sair desse nível. Já alunos que leem fluentemente, também constituíam um grupo cuja missão era a de ler textos ainda mais complexos.
E os resultados?
Quando fomos aplicar isso nas escolas, recebemos respostas supostamente vigotskyanas (Vigotsky, mal editado por formadores que não têm escuta para a realidade brasileira) afirmando que separar alunos por nível constitui um problema, pois estaríamos dividindo em vez coletivizar. Para esses educadores, o correto seria deixar (espontaneísmo no Brasil é sempre um prato cheio) que a Zona de Desenvolvimento Proximal cuida disso, é só colocar um aluno que sabe bastante com um aluno que sabe menos e beleza! Sabemos bem que criar práticas coletivas e oportunidades de troca é altamente interessante em educação, mas tentar usar isso como uma estratégia reparadora para grandes desníveis é simplesmente subestimar a complexidade da heterogeneidade.
Contar histórias é diferente de ler em voz?
Sim, contar história é diferente de ler em voz alta. Contar história é uma performance que textualiza o enredo que temos em mente em função do ambiente, dos ouvintes. É um grande recurso para incluir. Contando sem uso de livro, o professor pode caminhar pelo ambiente, ir buscar a criança que se evade, encantá-la com a performance para que ela possa aceitar a escrita com mais facilidade. Quando se lê em voz alta, uma parte dos alunos se evade, sobretudo aqueles que não possuem familiaridade com a escrita. Daí que usar performances orais presenciais é uma estratégia fundamental de inclusão.
Como não alimentar o desânimo com a leitura?
Primeiro utilizar a cultura oral, a conotação, as brincadeiras orais para acionar as fantasias, depois é ofertar a leitura, mas ao mesmo tempo subsidiar concretamente as dificuldades que os alunos enfrentam no domínio do alfabeto. Por exemplo, deixar uma criança por muito tempo com dificuldade para dominar o algoritmo silábico simples, ou então as sílabas complexas, é alimentar o desânimo. O espontaneísmo do ensino atual costuma deixar a criança resolver tudo sozinha (“construir o conhecimento”) e essa demora acaba afastando a criança de seu entusiasmo inicial. Antes de afirmar que as crianças possuem tempos diferentes para se alfabetizar, que elas podem ter um longo tempo para isso (até o terceiro ano), é preciso ir lá na escola, dentro da sala, no tête-à-tête ver o estrago que esse espontaneísmo causa. Essas teorias só afetam a escola pública, nas escolas privadas da classe alta não se correm riscos.
Como os professores devem estabelecer metas para cada ciclo escolar?
Sempre em função de avaliações em diagnósticos bem feito, de preferência a partir de um trabalho bem coletivo, que pense os ciclos e suas dobradiças de entreciclo. Por exemplo, ao receber a criança da educação infantil, é preciso saber como se deu sua alfabetização, com que textos teve contato, como era a prática de sua escola. Do mesmo modo, o professor do segundo ano precisa conhecer bem os resultados do primeiro ano, suas práticas, as principais dificuldades (essa é a dobradiça de entreanos). Se for necessário, pode ser quebrada a seriação (o regime de ciclo é para isso) e reorganizar o fluxo de acordo com as avaliações e diagnósticos.
Trabalhar em grupos ajuda?
Criar grupos momentâneos para se fazer um intensivo pode resolver muitos problemas – por exemplo, se a escola tem duas turmas de primeiro ano, quando se vai formar as turmas do segundo, pode-se recombinar os grupos de acordo com a necessidade. Não se trata de formar turmas fortes e turmas fracas (como ainda acontece dentro das salas de aula onde muitos professores dividem fracos e fortes por fileiras), mas sim de reagrupar de acordo com objetivos específicos por tempo determinado e com desafio bem colocado. Vencido o prazo, vencido o desafio, as turmas voltam a se recompor. Fizemos isso no projeto e constatamos excelentes resultados.
Como o sr. vê a formação dos professores no Brasil?
Formação típica de terceiro mundo, com a universidade passando pra eles os autores da vez, a filiação do momento. Seria legal acabar com “anos”, “ismos” e “istas”(piagetianos, vigotskyanos, ferreiristas, bakthinianos etc) e formar professoras a partir das demandas brasileiras. Claro que teorias são necessárias, mas é sempre bom lembrar, isso está no meu livro de 2013, que as teorias são limitadas em todos os campos do saber, mas em educação são ainda mais limitadas. Com “anos”, ïsmos” e “istas” só se criam oposições bobas e ainda se alimenta uma prática do tipo: “ah, nossa teoria é muito boa e eu aplico muito bem, mas o problema são esses alunos…” ou ainda “não aceito essa professora porque ela apesar de ser muito boa não é da nossa linha”.
Ler em tablets, celulares, prejudica o entendimento dos textos?
Não! Podem ser excelentes aliados, mas adotá-los na infância, como se estivessem substituindo o caderno, pode ser um grande risco. É preciso sempre levar em conta que o manejo de cadernos, livros, lápis, técnicas orais, alfabeto e de objetos do mundo real constitui o fundamento básico da educação mesmo nesse nosso tempo de mídias eletrônicas. Achar que fazer foto com celular substitui a capacidade de observar detalhadamente e de registrar ou desenhar as características de um objeto é simplesmente reduzir o leque de capacidades da infância.
Quais os melhores exercícios para que as crianças entendam verdadeiramente o que estão lendo?
Bons comentários do professor, intensa troca entre os alunos, de preferência constituindo uma “ambiência de leitura”. O professor deve dar muita atividade de compreensão de texto, sobretudo o uso de testes bem feitos. O teste – infelizmente banido da escola pelos excessos de “ismos”- leva o aluno a cotejar o que leu e apreender com partes do texto sobre as quais ele passou “correndo” em sua leitura. Os alunos, após finalizar a alfabetização (período de domínio completo do código alfabético) costumam ler sem fazer muitas inferências e dar respostas genéricas nos questionamentos orais ou escritos que o professor propõe. É importante que eles pratiquem também a leitura mais cotejada, com o professor cobrando respostas coerentes. Não é a resposta única, claro, mas resposta que possa ser autorizada por um outro leitor e não as associações meramente evasivas.
Por que os alunos usam as bibliotecas das universidades?
Da Redação
A empresa Cengage Learning desenvolveu uma pesquisa com três mil estudantes nos Estados Unidos, em julho de 2015, para entender como e por quais motivos utilizam a biblioteca da universidade. Entre as principais razões estão: 1) Estudar sozinho, motivo apontado por 77% dos respondentes; 2) Usar a base de dados online, o que demonstra que mais da metade dos estudantes (51%) disse que vai à biblioteca para fazer boa parte de seu trabalho de pesquisas é realizado dentro da biblioteca; 3) Consultar materiais de referência seja para consultar recursos gerais, como enciclopédias, dicionários, publicações especializadas ou outras referências indisponíveis no formato eletrônico; 4) Reunir-se com grupos de estudo (34%), seja conta da disponibilidade de uma mesa grande, pela conveniência de ter materiais de referência acessíveis ou de ter um local central para reuniões.
Caixa Cultural São Paulo promove oficinas e cursos gratuitos
Da Redação
A programação presta homenagem a duas datas: o Dia Internacional da Síndrome de Down e o Dia do Circo, celebrados nos dias 21 e 27 de março, respectivamente. Em comemoração ao Dia do Circo, a atriz e arte-educadora Fani Feldman ministrará em duas aulas, nos dias 5 e 12 de março, um minicurso de Clown, como uma introdução à linguagem do palhaço. Por meio de jogos e exercícios, cada participante terá a oportunidade de descobrir a sua persona cômica. Entre os dias 9 a 31, será realizada a oficina História musical – ritmos brasileiros, voltada para estudantes a partir de quatro anos de idade. Com o oficineiro Marcelo Tupinambá ao violão, em cada oficina os escolares entrarão em contato com um ritmo brasileiro, como a Ciranda, a Folia-de-Reis, a Congada, o Bumba-meu-Boi e o Samba. Voltado exclusivamente para educadores, no dia 19 de março acontece o minicurso Síndrome de Down – Possibilidades na aprendizagem em sala de aula, que abordará as características da Síndrome de Down, os desafios e as possibilidades na aprendizagem de acordo com as faixas etárias e exercícios a partir da realidade de sala de aula. O curso é coordenado por Paula Theodoro Carlos Machado, pedagoga com pós-graduação em Educação Inclusiva e Deficiência Intelectual. As inscrições e agendamentos podem ser feitos pelo e-mail supervisao.sp@gentearteira.com ou pelo telefone (11) 3321-4400.
Programa Educativo CAIXA Gente Arteira
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro)
Informações: (11) 3321-4400
Entrada: Franca (inscrições pelo e-mail supervisao.sp@gentearteira.com)
Escolas com classes de graduação mista são a nova tendência em educação
Techsinder
Melia Robinson
29/01/2016
A próxima grande tendência em educação deve ser salas de aula com séries escolares misturadas e com instrução personalizada. […] Este modelo de “microescola” vira de cabeça para baixo o conceito tradicional de salas divididas por idade e graus escolares, colocando alunos de todas as idades na mesma sala, e usando tecnologia para moldar o currículo às necessidades de cada aluno. Os professores atuam como facilitadores, não como “palestrantes”, e as crianças aprendem por meio de projetos, não pela memorização. Normalmente as microescolas recebem no máximo 150 alunos, com menos de 15 alunos por classe. E quando as salas começam a crescer, a administração da escola expande sua rede com mais escolas menores, em vez de aumentar o número de alunos por classe.
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Lendo no celular (pela primeira vez)
Colofão
17/02/2016
Se você trabalha com produção de livros digitais, um dos princípios básicos é a necessidade de testar os arquivos em diversas plataformas. Nenhum e-book está liberado para venda antes de passar por esse processo. Sabemos que o ambiente de leitura não é apenas um espaço neutro onde o e-book é aberto, mas um componente importante que influencia a leitura em si, daí a importância dessa etapa. Naturalmente, após algum tempo de prática, já é possível antecipar como certos e-books se comportarão nas principais plataformas. Livros simples, só com texto, sem complexidades visuais, geralmente não têm mistérios. Assim, é possível adiantar a checagem para elementos mais específicos, como o funcionamento das fontes, por exemplo. Em resumo: se você trabalha com produção de livros digitais há algum tempo, provavelmente tem uma ideia razoável de como os e-books ficarão em cada plataforma. Mas em quais plataformas você consome e-books? Onde você os lê?
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Google premiará estudantes com viagens à sede da empresa; inscreva-se
Catraca Livre
25/02/2016
Estão abertas as inscrições para a Google Science Fair, uma competição destinada a estudantes do mundo inteiro com idades entre 13 e 18 anos e criada com o objetivo de incentivar os adolescentes a apresentarem ao mundo uma invenção, pesquisa ou projeto desenvolvidos por eles. O Brasil ocupa um lugar de destaque, sendo um dos cinco países que mais enviam projetos. O Google dará mais de US$ 100 mil dólares em premiações. Além disso, os vencedores de cada prêmio concedido pela empresa e parceiros da Google Science Fair ganharão uma bolsa de estudos, um ano de mentoria com um profissional da área de ciências e uma viagem com tudo pago para a sede do Google, na Califórnia (EUA).
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Seis maneiras realistas para gerenciar o tempo dos seus filhos em frente à tela
The Globe and Mail
Dr. Joelene Huber
23/02/2016
Há anos venho tentando limitar o tempo dos meus filhos à frente das telas e encorajo meus pacientes a fazerem o mesmo. Mas as instruções para tal foram criadas antes dos tablets e smartphones. […] Os pais deveriam jogar videogames com seus filhos; quantidade talvez não seja tão importante quanto qualidade, e os pais precisam largar os seus smatpnohes, afirma o Dr. David Hill, presidente da American Academy of Pediatrics Council on Communications and Media. Crianças passam, em média, sete horas por dia em frente a uma tela. Mais de um terço das crianças americanas usam um dispositivo móvel ainda antes de sair das fraldas, segundo a fundação Common Sense Media. No Canadá, uma pesquisa de 2013 da MediaSmarts identificou que quase metade dos alunos da 4a série tem seu próprio smartphone ou usa o de alguém; na 11a série a quantidade de crianças com seu próprio smartphone cresce para 85%. […] É uma luta cada vez maior, mas algumas recomendações são: 1) A família que assiste junta…; 2) seja o curador do conteúdo; 3) tanto o mundo real quanto o virtual precisam de planejamento; 4) quanto mais interativo melhor; 5) largue o seu próprio smartphone; e 6) as telas estão proibidas logo antes de dormir ou na cama.
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22 portais com conteúdos digitais para o professor usar em sala de aula
Revista Educação
A Ação Educativa, em parceria com a Wikimedia Foundation, mapeou e analisou 22 portais com recursos educacionais digitais online, no estudo “Recursos Educacionais Abertos: o campo, os recursos e sua apropriação em sala de aula“.
Conheça abaixo esses 22 portais que oferecem materiais digitais para o professor usar em sala de aula.
Confira os 22 portais
Stela quer que você leia quadrinhos como assiste Netflix
Polygon
By Susana Polo
25/02/2016
Os desenvolvedores de Stela, um app baseado em assinatura que chegou às lojas no dia 25 de fevereiro, quer trazer ao leitor uma nova maneira de ler quadrinhos e também uma nova maneira de pagar por eles. Por cinco dólares ao mês você tem acesso a uma biblioteca em crescimento constante de títulos, escritores e ilustrados especialmente para smartphones. Stela é uma nova editora de quadrinhos digital. O aplicativo de mesmo nome (disponível para iOS e com versão Android prometida ainda para este ano) dá acesso ao leitor à biblioteca de títulos de propriedade dos autores e da editora, que só podem ser encontrados no Stela. O app receberá novos títulos diariamente. O primeiro capítulo de cada série e qualquer amostra que estejam na biblioteca poderão ser acessados gratuitamente; e todo o resto estará disponível por uma assinatura de 4,99 dólares.
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O que podemos aprender com os youtubers mais famosos para melhorar como professores?
Educación 3.0
Pablo Espeso
26/02/2016
Os chamados youtubers têm um enorme sucesso entre os mais jovens, mas nós não conseguimos entender. Não conseguimos encarar o humor e a linguagem e nem o assunto destes que as crianças conhecem muitas vezes de memória. Temos muito que aprender com esses youtubers mais famosos. Um movimento realizado há alguns anos, mas que tem milhões de seguidores, geralmente jovens, por todo o mundo. Por que eu, um professor adulto, formado e com carreira e experiência, teria o que aprender com um “moleque” como ‘El Rubius’? Simples: porque ele consegue cativar milhões de crianças e jovens para reproduzirem seus vídeos, e você não.
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Os professores catalães ganham mais se demonstram que são inovadores
El Periódico
Maria Jesús Ibánez
15/02/2016
Os professores que ensinam nas escolas públicas da Catalunha podem pedir, desde segunda-feira (15 de fevereiro) até dia 1O de março uma avaliação de sua atividade, que se tiver um resultado positivo dará direito a uma melhoria de salário. Entre outros méritos, a comissão encarregada de analisar a trajetória de cada professor levará em conta se esse professor é inovador na sala de aula, se tem conhecimento das novas tecnologias educativas por ter participado de cursos de formação continuada e se trabalha em equipe com outros professores. Também serão valorizadas as contribuições que pode ter feito à implantação do projeto de centro educacional. A avaliação será feita por uma comissão presidida por um inspetor da Conselleria d’Ensenyament e também terá a participação, na qualidade de vice-presidente, do diretor do centro em que trabalha o professor e vários educadores (o número varia de acordo com a especialidade) e que serão eleitos pelo mesmo diretor.
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Estante
Caetano de Campos: A Escola que Mudou o Brasil
Editora: Edusp
Autora: Patrícia Golombek
Páginas: 824.
Preço: R$ 260,00 (R$ 130,00 no dia do lançamento)
ISBN: 978-85-314-1526-5
A Edusp lança nesta sexta (04/03) o livro Caetano de Campos: A Escola que Mudou o Brasil, da artista plástica Patrícia Golombek, título que integra a série USP 80 Anos. Haverá apresentação da obra no Auditório István Jancsó no Complexo Brasiliana USP às 14 horas, seguida de autógrafos na Livraria. A obra traz breves biografias dos que dirigiram e trabalharam na tradicional escola Caetano de Campos, situada no prédio construído por Ramos de Azevedo entre os anos de 1890 e 1894, na atual Praça da República, e posteriormente tombado pelo Condephaat. As biografias, documentos, fotografias são apresentadas mantendo a ordem cronológica, de forma que cada um dos nove capítulos corresponde a uma década da história da Escola.
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